O pinhão pode ser reproduzido por via sexuada ou multiplicado por estacas. Em ambos os casos, as matrizes devem ser das melhores plantas, de modo a obter as melhores colheitas. A seleção das plantas matrizes deve ser rigorosa.
As plantas provenientes de sementes são mais robustas, de maior longevidade, a produção inicial é depois de 4 -- 5 anos. As oriundas de estacas, de galhos são mais fracas, de vida mais curta, de sistema radicular menos vigoroso, a produção, porém, começa no segundo ano. A longevidade desta euforbiácea, obtida por via sexual, em boas condições de produção, é de 30 a 50 anos; pode viver, entretanto, cerca de mais de um século, como se dá com a oliveira e poucas outras plantas cultivadas economicamente.
SEMENTEIRA
As sementes e estacas precisam ser trabalhadas na sementeira até alcançarem desenvolvimento adequado, cerca de 8 -- 12 cm, para serem levadas para o viveiro, ou diretamente para o campo de cultura.
As sementes nos canteiros ficarão espaçadas entre si 5 cm no sulco, de modo que 1 m² receberá 200 sementes, ou duas em cada cova, ou sejam 120 g por m². Pode-se contar com 25 mudas excelentes, depois do pegamento na plantação definitiva.
Devido a sua simplicidade e economia, o plantio por estacas é muito usado pelos agricultores, muinto embora não seja o mais tecnicamente recomendado
As estacas podem ser extraídas dos galhos lenhosos com um ou dois anos; as plantas devem ser de boa conformação, ter mostrado grande produtividade, apresentar perfeito estado de sanidade, livre de pragas.
As estacas precisam ser cortadas com ferramenta afiada, para não esmagar os tecidos. O pé da estaca requer ser mantido para cima, de modo que o látex coagule em torno do talho, onde formará um rebordo, de onde surgirão as primeiras raízes.
Os ramos mais próximos da base do tronco são os preferidos para o fornecimento de estacas tão retas quanto possível, de grossura média, casca lisa, acizentadas e brilhantes. Não servem os ramos de extremidade seca, casca destacada, rugosa, cor castanha. O comprimento das estacas convém ter 40 até 50 cm; os entrenos devem ser curtos, as gemas ou olhos salientes. Convém serem as estacas conservadas à sombra, em lugar fresco, com os rebordos contendo látex coagulado para cima, cobertos com capim, palha, prontas para enviveirameto ou plantação definitiva.
ENXERTIA
Pratica-se seguindo as normas estabelecidas para as demais plantas, de borbulha ou gema, de garfo. O látex que oxida é retirado com um pano limpo, como se age no caso do sapotizeiro, da seringueira, antes de se adaptar o escudo ou a gema. Ata-se a parte incrustada com fio ou pano encerado, também fita de material plástico.
As partes são bem ajustadas e não arrochadas. Decorridas duas semanas ou pouco mais, retira-se o amarrilho. Caso o enxerto não tenha pegado, repete-se a operação do lado contrário.
O enxerto de garfo no topo preferido é o de fenda ou pirâmide esvaziada. Sempre que se adota este sistema, deixa-se um broto, uma haste no porta-enxerto de modo a facilitar o pegamento.
Este sistema é usado para aproveitar plantas de baixa produção com garfo de outra produtividade elevada.
ENVIVEIRAMENTO DE MUDAS
A sementeira e o viveiro tornam-se dispensados. Constitui boa medida levar as sementes, as estacas diretamente para o campo, nas épocas chuvosas ou quando se dispõe de meios para irrigação.
A semeadura e o plantio definitivo têm a grande vantagem de evitar traumatismo nas raízes, ocorrência que repercute durante a vida inteira do vegetal.
O plantio definitivo, todavia, requer constante vigilância das plantinhas contra as pragas e as doenças.
Ainda mais não prescindem de constantes capinas, até que as plantas tenham desenvolvimento bastante para bem suportar a concorrência das ervas daninhas quanto á umidade, iluminação, nutrientes. Deve-se levar em consideração o maior consumo de sementes no campo de mudas, para evitar constantes ressemeaduras e o replantio.
As plantas jovens no campo sofrem muito com a irregularidade das chuvas, a incidência direta dos raios solares, obrigando as regas, a cobertas e a outras proteções.
A formação da lavoura é mais rápida alguns meses.
O enviveiramento das mudas dispensa todos os cuidados exigidos pelas mudas no campo, mas sofre o danoso traumatismo nas raízes do desplantio, tanto maior quanto menor for o diâmetro do bloco, com ou sem terra, de preferência não seja menor que 0,40 cm, apesar da maior dificuldade no transporte.
Ainda se pode plantar as mudas com as raízes lavadas, sem terra em vez de bloco; mas a perda por morte de plantas é maior. A vantagem é poder ser examinado o sistema radicular verificar a existência de nematóide, verme infestante comum nos blocos, que ainda de costume disseminam tiririca e outras ervas daninhas.
O plantio de raiz nua tem a vantagem de permirtir meticulosa inspeção do sistema radicular, para descartar os defeituosos pelo desenvolvimento raquítico, retorcido e fraco. Tais defeitos não podem ser observados na semeadura direta.
Tendo-se em vista o espaçamento no plantio da medicineira de 2 metros até 5 metros, a semeação e o plantio direto podem ser economicamente admitidos. Semea-se a cultura a ser consorciada, de maneira que ainda permita realizar, mecanicamente, as capinas com o cultivador a tração animal ou a trator.
Fontes:
PlanteBiodiesel
Aboissa
Veja aqui as Fontes e a Bibliografia Consultadas
sábado, 5 de julho de 2008
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