quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Liberação do plantio comercial de Pinhão Manso

Liberação do plantio comercial de Pinhão Manso - Instrução Normativa
14 de Janeiro/08

Ministério da Agricultura divulgou em janeiro deste ano a instrução normativa que libera o plantio comercial do Pinhão Manso.

Leia a Instrução Normativa na integra: INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 4, DE 14 DE JANEIRO DE 2008

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Pesquisa brasileira sobre microalgas é destaque na Superinteressante

As pesquisas de biocombustível a partir de microalgas conduzidas pelo Centro de Pesquisas da Petrobras-Cenpes, em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande-Furg e Universidade Federal de Santa Catarina-UFSC, são destaques da edição 256 da Revista Superinteressante, de setembro de 2008. O projeto conta com a participação de professores, pesquisadores e estudantes da instituição e é coordenado pelo prof. dr. Marcelo D´Oca e pelo prof. dr. Joaquim Ariel Moron Villarreyes.

As microalgas, não-visíveis a olho nu, quando coletadas e tratadas, podem gerar biodiesel com alta produtividade. São capazes de crescer e se reproduzir em tanques, não usando espaço agrícola para serem cultivadas.

Somente 30 mil das 300 mil espécies de microalgas estão catalogadas pela Ciência. A pesquisa com biocombustível tem contribuído para esse processo, ampliando o conhecimento científico mundial sobre as microalgas.

As microalgas são coletadas, isoladas e identificadas, depois levadas para tanques de cultivo, para reprodução. Após quatro dias, são levadas para secagem e embaladas para evitar o contato com a luz e o oxigênio do ar.

Para a produção de óleo e de biodiesel, as microalgas secas são colocadas em reator para extração do óleo que será utilizado na fabricação do combustível. Esse óleo, de volta ao reator, é transformado em biodiesel por meio de reações químicas.

Fonte: Jornal Agora

Algas serão fonte para biocombustível do futuro

29/08/08 - As algas poderão se tornar a maior fonte ambientalmente correta para produção de todos os tipos de combustíveis - dos utilizados em automóveis ou em cortadores de grama até os que abastecem aviões de grande porte.

Como pequenas fábricas biológicas, as algas realizam a fotossíntese para transformar dióxido de carbono (CO2) e luz do sol em energia. E fazem isso de maneira tão eficiente que podem dobrar de tamanho várias vezes ao dia.

Pelo processo de fotossíntese, produzem lipídios e podem gerar até 15 vezes mais óleo por acre do que qualquer outra planta utilizada para produção de biocombustível. As algas têm a vantagem de se reproduzirem de forma extremamente rápida, seja em água salgada, doce ou até mesmo contaminada; no mar ou em tanques; sem ocupar terras agricultáveis.

O principal benefício ambiental, ao menos em teoria, é o maior crescimento das algas em ambientes com alta concentração de CO2 e matéria orgânica, como o esgoto, por exemplo. Partindo desse princípio, as algas podem ser aproveitadas para geração de biocombustíveis ao mesmo tempo em que seqüestram carbono.

Uma equipe da Universidade de Virginia, nos Estados Unidos, já estuda essa hipótese com o objetivo de determinar exatamente quão promissora é a produção de biocombustível a partir de algas.

Para a fisiologista de plantas da Universidade de Washington, Rose Ann Cattolico, a alga será a fonte de combustível do futuro. E ela não está sozinha nessa aposta - a empresa de investimentos Allied Minds, que trabalha com universidades para comercializar tecnologias em estágio inicial, juntou-se à Cattolico para formar a AXI, empresa que irá desenvolver a matéria-prima para os combustíveis de algas.

“As pessoas não imaginam quantos tipos de algas existem, desde as unicelulares até as grandes florestas de algas pardas, e cada uma delas se desenvolve de maneira diferente”, afirma a pesquisadora. “O que nós estamos tentando fazer é selecionar as melhores dentre as melhores, aquelas que produzem os lipídios certos para cada tipo de combustível em particular”.

Diferente de muitas culturas agrícolas, como a do o milho, cujo amido é o subproduto da fotossíntese, algumas algas produzem lipídios. Assim, um tipo de alga pode fornecer o óleo apropriado para o motor de um veículo; enquanto outra é útil para aquecimento doméstico; e uma terceira pode ainda gerar o lipídio exato para impulsionar um avião através do Pacífico. Há também a possibilidade de se utilizar as algas para outros fins, como a produção de os ácidos de Omega 3 - populares na dieta alimentar.

Até pouco tempo, o biocombustível a partir de algas era considerado uma idéia muito cara para decolar, mas Cattolico acredita que o desenvolvimento de extratos da planta que maximizam a produção do combustível pode ser parte da solução.

A previsão é de que os produtos estejam disponíveis para o público dentro de 10 a 25 anos. Nesse período será necessário criar toda a infra-estrutura, que vai dos serviços especializados às usinas de processamento, além da busca por investimentos do mercado. Análises mais otimistas acreditam que dentro de seis a oito anos já é possível ter algo usável, mas equipamentos e técnicas para isso ainda estão sendo desenvolvidos.

Fonte - Sabrina Domingos

Da Agência

Girassol ainda gera desconfianças em Campos

Hoje em Campos já existem estudos de adaptação climática, com mapas indicativos das condições especiais para o plantio das oleaginosas, matéria prima para o biodiesel. Quem cuida da área agronômica no município é a Pesagro, que aposta, entre todas as plantas, no girassol, rústica e apontada como ideal ao clima da região, uma cultura que agrega valores, propiciando ainda a exploração da apicultura.

O diretor e pesquisador do órgão, Silvino Amorim, explica que o girassol, considerado um dos óleos nobres na culinária, pode ser plantado no período de outono-inverno e, também, no verão. Silvino já tem tudo na ponta do lápis. Segundo ele, uma tonelada de semente de girassol pode produzir até 450kg de óleo.

E em termos de investimento para o produtor, os números também não deixam de ser satisfatórios. Silvino calcula que três hectares da plantação correspondam a dois mil litros de óleo, ou dois mil litros de biodiesel.

— Temos mostrando nossos trabalhos em torno do biodiesel em toda a região, incentivando o Sebrae e outros setores da economia para a criação de uma cadeia produtiva, desde à tecnologia, até à comercialização — diz Sivino.

Embora os órgãos locais tenham pesquisas e estudos prontos, na região não existe ainda produtor trabalhando para isso, só alguns de forma isolada e em pequenas áreas. Ainda paira desconfiança no ar.

Fonte: Folha da Manhã

Governo quer melhorar produtividade da mamona

O trabalho hoje se restringe aos municípios do Território Serra da CapivaraÁreas

O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) apóia o Programa do Biodiesel no Piauí e está investindo na organização dos produtores de mamona no Território Serra da Capivara, que envolve os 13 municípios da região de São Raimundo Nonato, no Semi-árido piauiense.

O superintendente regional do MDA no Piauí, Adalberto Pereira, explicou, na manhã desta terça-feira (26), que o trabalho é feito em parceria com o Governo do Estado através de órgãos como o Emater e a Comunidade Kolping, uma ONG que há vários anos atua no Piauí.

Segundo Adalberto Pereira, o trabalho hoje se restringe aos municípios do Território Serra da Capivara, porque eles oferecem um solo mais propício para o cultivo da mamona. “O objetivo é melhorar a produtividade, para que o plantio de mamona possa realmente se transformar num investimento que promova a geração de emprego e renda."

Na região, os agricultores conseguem colher de 400 a 500 quilos de mamona por hectare, o que é considerada uma produtividade muito baixa. “Com a introdução de sementes selecionadas e novas técnicas de plantio, essa produtividade pode subir para até 2 mil quilos por hectare, numa cultura consorciada com feijão”, destaca Adalberto Pereira.

O superintendente que a empresa Brasil Ecodiesel, que mantém uma usina de biodiesel na cidade de Floriano, compra o quilo de mamona por R$ 0,65, mas no mercado de São Raimundo Nonato chega a custar até mais de R$ 1,00, principalmente nesta época do ano, quando o produto fica mais difícil.

Fonte: Ccom