Hoje em Campos já existem estudos de adaptação climática, com mapas indicativos das condições especiais para o plantio das oleaginosas, matéria prima para o biodiesel. Quem cuida da área agronômica no município é a Pesagro, que aposta, entre todas as plantas, no girassol, rústica e apontada como ideal ao clima da região, uma cultura que agrega valores, propiciando ainda a exploração da apicultura.
O diretor e pesquisador do órgão, Silvino Amorim, explica que o girassol, considerado um dos óleos nobres na culinária, pode ser plantado no período de outono-inverno e, também, no verão. Silvino já tem tudo na ponta do lápis. Segundo ele, uma tonelada de semente de girassol pode produzir até 450kg de óleo.
E em termos de investimento para o produtor, os números também não deixam de ser satisfatórios. Silvino calcula que três hectares da plantação correspondam a dois mil litros de óleo, ou dois mil litros de biodiesel.
— Temos mostrando nossos trabalhos em torno do biodiesel em toda a região, incentivando o Sebrae e outros setores da economia para a criação de uma cadeia produtiva, desde à tecnologia, até à comercialização — diz Sivino.
Embora os órgãos locais tenham pesquisas e estudos prontos, na região não existe ainda produtor trabalhando para isso, só alguns de forma isolada e em pequenas áreas. Ainda paira desconfiança no ar.
Fonte: Folha da Manhã
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
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