segunda-feira, 22 de março de 2010

Piauí tem estudo da cadeia produtiva do coco babaçu

Objetivo é promover valorização do trabalho com produtos derivados do coco babaçu, realizado por 15 mil mulheres

Foi realizado na manhã desta quarta-feira (10), no auditório da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco (Codevasf) no Piauí, um encontro com objetivo de promover a valorização do trabalho com produtos derivados do coco babaçu, realizado por cerca de 15 mil mulheres, no Estado.

No encontro, foram definidas ações que permitam melhorar a produção, dinamizar a comercialização e aumentar a renda das milhares de mulheres que tem no coco babaçu sua fonte de renda.

Muitas quebradeiras de coco compareceram no local para participar do lançamento do estudo sobre as formas de produção e de comercialização do babaçu na região dos cocais e do cadastramento das mulheres que trabalham e vivem do coco babaçu.

Além delas, também esteve presente a superintendência do Incra-PI, a gerencia de Comunicação e Mobilização Social da Fundação Banco do Brasil e representantes de diversas ONGs.

O Núcleo da Cooperação Técnica Alemã (GTZ), uma das ONGs, explicou que esse trabalho vai ajudar a saber exatamente quantas mulheres vivem da quebra e venda do coco babaçu, quanto elas produzem na época da safra, para quem vendem, por quanto vendem e se poderiam produzir mais se existisse compradores certos para seus produtos.

A ideia surgiu da necessidade das quebradeiras conhecerem sua capacidade de produção para poder elaborar projetos de comercialização e determinar o quanto pode ser vendido de cada produto, já que sem saber quem produz e quanto produz, o Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB) tem dificuldade de fechar contratos com Prefeituras, Conab e empresas privadas em geral.

A meta será entrevistar pelo menos 15 mil mulheres de 12 municípios e, após o estudo, todas serão informadas sobre os resultados e empresas que usam babaçu para fazer seus produtos.

Com o resultado deste trabalho será realizado um projeto de fortalecimento do babaçu que também vai atuar na capacitação das mulheres para gerenciar seus negócios, apoiar a introdução de novas tecnologias de beneficiamento do coco e fortalecer a organização dos grupos produtivos.

Uma parceria com o Incra-PI vai subsidiar a introdução de unidades mecanizadas de beneficiamento integral de coco babaçu em assentamentos do território.

O Estudo da Cadeia Produtiva do Babaçu e o cadastramento de 15 mil mulheres fazem parte do Projeto de Fortalecimento do Babaçu, organizado pelo GTZ, dentro da estratégia do Programa de Desenvolvimento Territorial Integrado e Sustentável (PDTIS), em parceria com o Cepes, MIQCB, FBB e Incra-PI.

Fonte: Tendências e Mercado

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