quinta-feira, 18 de março de 2010

Microalgas podem substituir sementes na produção de biodiesel

As novas fronteiras para a produção do biodiesel estiveram no centro dos debates do grupo Clima, Energia e Meio Ambiente. O potencial das microalgas foi destacado pesquisadora do Instituto Nacional de Tecnologia (INT), Cláudia Maria Luz Teixeira. “É lamentável que o Brasil ainda não explore a produção comercial de microalgas, que têm inúmeras vantagens sobre oleaginosas tradicionais, por não concorrerem com a produção de alimentos, além de serem mais produtivas e não terem que aguardar safra, sendo colhidas diariamente”, contou.

A pesquisadora mostrou os sistemas de produção usados no mundo. Ela apresentou os sistemas abertos como a melhor alternativa para aplicação no Brasil, desde que sejam adotados ajustes regionais. Segundo ela, o caminho para a implementação do biodiesel seria a variedade de matérias-primas. Direcionar o Parque Tecnológico para a bioenergia e o uso da biomassa de etanol foram outras propostas apresentadas no grupo.

Os participantes do grupo sobre Sistema Nacional / Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação levantaram a necessidade de se fortalecer os mecanismos de difusão e inovação voltados à inclusão produtiva e social e da intensificação do processo de interiorização das universidades, centros e institutos de pesquisa. “Precisamos ter programas estaduais que não sejam pareados com os federais para que tenhamos investimentos mais criativos e mais condizentes com a realidade local. Assim, vamos ter mais interessados em pesquisar”, propôs Manoel Barral, da Fiocruz.

Desafio

Para o diretor regional do Conselho Nacional de Secretários de CT&I (Consecti Nordeste) e secretário de Sergipe para a pasta, Jorge Santana de Oliveira, o grande desafio é como dar escala às iniciativas que são apresentadas. “Conseguimos fazer boas experiências, mas este é um dos nossos grandes desafios. Precisamos ter linhas de pesquisa de interesses localmente e regionalmente”, reforçou. Os grupos apresentaram as conclusões na plenária final, no Auditório Principal da Fundação Luís Eduardo Magalhães. As propostas baianas serão ainda base para as Conferências Regional Nordeste e Nacional.

Fonte: Jornal Feira Hoje

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