domingo, 3 de agosto de 2008

Secretaria de Agricultura de Taubaté desenvolvem pesquisa em Pinhão-Manso

Os institutos da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, vinculada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (Apta/SAA), em parceria com a Associação dos Amigos dos Bairros Rurais (AABR), sediada em Taubaté, o Núcleo de Sementes da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati/SAA) e o Pólo Apta Vale do Paraíba estão iniciando o projeto “Pinhão-Manso: alternativa econômica, social e ambiental para a produção integrada de biodiesel”.

Aprovado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), com financiamento superior a R$ 111 mil, ele vai pesquisar a produção integrada do pinhão-manso à pecuária. O Instituto Biológico (IB) é o responsável pela certificação das sementes, o de Economia Agrícola (IEA), pelo levantamento de custo de produção, e o Agronômico (IAC) pela determinação da composição química das sementes.

Segundo a pesquisadora Cristina Castro, do Pólo Apta, o estudo irá gerar e validar tecnologias e processos para que a cultura da oleaginosa seja uma alternativa de renda aos produtores e pecuaristas da região. Além disso, busca-se reduzir o impacto ambiental gerado pelas áreas de produção de eucaliptos que abastecem a indústria de papel e celulose.

Três etapas

Iniciado em março deste ano, o projeto é composto por três etapas. Nesta primeira, está sendo feito um diagnóstico socioeconômico, tecnológico, cultural e do ambiente da região. Com os dados finalizados, serão estimados o custo de produção e o balanço energético do pinhão manso. A pesquisadora diz que os dados têm extrema importância para a formação da cadeia produtiva e para a determinação do preço final do produto, que ainda não está totalmente inserido no mercado comercial.

Na segunda etapa do projeto, serão monitorados três sistemas de produção silvopastoril, que combinam a produção de árvores, a pastagem e o gado numa mesma área, de forma integrada. Os pesquisadores avaliarão o desenvolvimento do plantio do pinhão-manso sob diferentes espaçamentos, integrado nas propriedades com bovinos de leite, corte e de ovinos.

Eles também vão monitorar o pinhão-manso em sistema de produção de monocultura, onde três tipos de leguminosas perenes serão usados como cultura de cobertura após a colheita das sementes, ou seja, nos intervalos de tempo em que o solo não é cultivado.

A previsão é que o resultado final esteja pronto em 2010, quando será finalizada a terceira etapa do estudo. Dessa forma, será determinada a qualidade do produto, por meio da certificação de sanidade e composição química das sementes colhidas nas lavouras experimentais.

Todo o projeto será executado nas propriedades particulares dos produtores da região do Vale do Paraíba, na cidade de Taubaté, onde já existem duas usinas de extração de óleo para biodiesel. Cristina enfatiza que o projeto objetiva, sobretudo, auxiliar os produtores interessados, atendendo às múltiplas necessidades de estrutura que a cultura do pinhão-manso demanda e com a organização da cadeia produtiva para a bioenergia.

Mais sobre a planta em A CULTURA DO PINHÃO MANSO - Jatropha curcas

Fonte: Diário de Taubaté

Nenhum comentário: