sábado, 2 de agosto de 2008

Petrobras mantém produção de biodiesel de mamona

A Petrobras Biocombustível divulgou nota informando que manterá a produção de biodiesel a partir de mamona. Segundo a empresa, os planos não serão afetados pela Resolução da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) Nº 7, de 19 de março de 2008, que estabeleceu limites que impediriam a utilização do biodiesel de óleo de mamona puro.

A empresa esclarece na nota que "tanto nas ações em parceria com a agricultura familiar quanto na tecnologia que está sendo implantada nas novas usinas de produção de biodiesel, a meta da Petrobras sempre foi utilizar, inicialmente, misturas de até 30% de óleo de mamona como matéria-prima. O uso de 30% de óleo de mamona na produção de biodiesel atende integralmente à nova especificação da ANP".

Segundo a nota, algumas propriedades importantes serão inclusive melhoradas pela adição da mamona como matéria-prima. "Por exemplo, a adição de 30% de óleo de mamona ao óleo de soja melhora a qualidade do biodiesel produzido, enquadrando-o na norma européia e viabilizando sua exportação para regiões frias da Europa." Pelos cálculos da empresa, para viabilizar misturas nesta proporção, somente para as usinas de Candeias (inaugurada na terça-feira), Quixadá e Montes Claros (que deverão ser inauguradas em agosto), seriam necessárias 49 mil toneladas, mais do que todo o óleo de mamona produzido no Brasil na safra de 2007.

A Petrobras argumenta que a dificuldade para o uso de mamona na produção de biodiesel não ocorre pela viscosidade do B100 (100% de biodiesel) de mamona ou por qualquer outra de suas propriedades físicas ou químicas. "É conseqüência da baixa disponibilidade desta oleaginosa no mercado, uma vez que a indústria do óleo paga pelo óleo de mamona um valor acima do que seria hoje viável, economicamente, pagar para o segmento de combustíveis."

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