sábado, 2 de agosto de 2008

Biodiesel de Mamona

Comunicado Brasil Ecodiesel

Diante das recentes reportagens publicadas sobre as novas especificações do biodiesel estabelecidas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e suas implicações sobre o biodiesel produzido a partir da mamona, a Brasil Ecodiesel vem por meio desta esclarecer que:

A resolução da ANP altera alguns parâmetros, mas não inviabiliza a produção de biodiesel feito a partir desta oleaginosa.

A Brasil Ecodiesel entende que o mercado de biodiesel de mamona continua sendo viável e promissor, através do uso de um mix de oleaginosas, estratégia que é um dos pilares do negócio da companhia. Esta postura sempre foi adotada pela empresa, a fim de evitar a dependência de uma única matéria-prima, resguardando-se de eventuais variações de mercado, bem como da competição com o setor alimentício.

Ainda que a soja seja a base para a produção das seis fábricas da Brasil Ecodiesel espalhadas pelo país - por ser a principal matéria-prima disponível no mercado em escala comercial -, a empresa associa outros tipos de óleos para compor a sua produção de biodiesel. Além da mamona e do girassol, a companhia presta especial atenção ao pinhão manso, oleaginosa com características semelhantes à mamona que vem sendo estudada pela Brasil Ecodiesel há quatro anos. A empresa adquiriu recentemente três novas fazendas, onde cultiva o pinhão manso e intensifica os estudos sobre esta oleaginosa;

Embora enfrente desafios climáticos no mundo todo, o potencial de crescimento do mercado brasileiro de mamona para utilização na produção de biodiesel é significativo. Para atender à nova especificação, é necessário que o óleo de mamona seja misturado a outro tipo de óleo vegetal numa proporção entre 20% e 30%, obtendo um biodiesel de excelente qualidade, ainda mais considerando suas melhores características de elevada estabilidade oxidativa, baixo índice de iodo, alta lubricidade, baixo ponto de congelamento e ponto de entupimento de filtro a frio, além de elevado número de cetanos.

Atualmente, são produzidas cerca de 150 mil toneladas de mamona por ano no Brasil, o que seria suficiente para produzir cerca de 70 mil toneladas de óleo. Para atender a demanda do B3 (3% de biodiesel adicionados ao diesel mineral), serão necessários 1,3 bilhões de litros de biodiesel no país, os quais poderiam ser produzidos com até 350 mil toneladas de óleo de mamona, representando um mercado potencial de aproximadamente 750 mil toneladas de mamona por ano, o que ilustra o tamanho do mercado que ainda pode ser explorado.

Considerando que tal crescimento poderá ocorrer na região do semi-árido, com produtividade média de 800 kg/ha, a produção brasileira de mamona poderia ser expandida para uma área adicional de cerca de 750 mil hectares, o que representaria até 300 mil novas famílias incluídas no Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB), com renda adicional de pelo menos R$ 600 milhões.

A Brasil Ecodiesel destaca ainda que a mamona foi a base da criação do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB) e apresentou-se como iniciativa fundamental para a inclusão do agricultor familiar na cadeia de produção industrial, principalmente no Nordeste brasileiro. A companhia acreditou e investiu nesta proposta ao estruturar uma cadeia integrando milhares de trabalhadores rurais pelo país e segue confiando nesta oleaginosa para aliar desenvolvimento econômico e social.

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