sexta-feira, 27 de março de 2009

Pesquisa mostra que palmeira inajá serve para biocombustível

A palmeira Inajá (Maximiliana maripa) pode ser uma das opções de oleaginosas para a produção de biodiesel no estado de Roraima, onde a planta se desenvolve em grandes áreas.

A constatação faz parte da tese de doutorado do pesquisador Otoniel Ribeiro Duarte, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa-Roraima), dentro do Programa de Biocombustíveis com a orientação da pesquisadora Ires Paula de Andrade Miranda do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT)

Os resultados mostraram que a palmeira passa a ocupar posição privilegiada na lista das oleaginosas promissoras, tornando-se estratégica dentro do Programa Nacional de Produção e usos de Biocombustíveis. Além disso, preenche quesitos relativos ao desenvolvimento regional, inclusão social e preservação ambiental.

O estudo mostrou ainda que o inajá, por meio de seus resíduos das sementes e frutos, também aponta grandes possibilidades de inserção na dieta de aves e suínos em mistura nas rações tradicionais desses animais.

Duarte enfatiza que o manejo desta palmeira em pastagens e roçados se torna uma alternativa interessante, pois devido a alta regeneração que ocorre nestes ambientes abertos, adaptação em solos pobres quimicamente, ausência de espinhos e a alta produtividade em óleos permite um manejo barato e fácil, gerando renda aos pequenos produtores rurais.

Segundo o pesquisador o inajá tem potencial para produzir mais de 3500 litros de óleo por hectare, baseado apenas na seleção de plantas promissoras existentes na região.

De acordo com Ires Miranda, responsável pelo Laboratório de Estudos em Palmeiras da Amazônia (LabPalm) do Inpa, o grupo desenvolve pesquisas de identificação, mapeamento com coordenadas geográficas e estudos ecológicos de palmeiras, considerando Roraima possuidor de grande incidência de inajá a qual tornou-se, segundo o grupo, a palmeira indicada para o aproveitamento racional, oferecendo possibilidades para a fixação do homem no campo e com isso evitando o êxodo e o aumento do desmatamento na Amazônia.

Fonte: Ministério da Ciência e Tecnologia

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