Além do acordo para a pesquisa, a Monsanto comprou o equivalente a US$ 18 milhões em participação da Evogene, com possibilidade de comprar mais US$ 12 milhões no futuro numa negociação que estará sujeita a possíveis novas exigências da empresa israelense.
A Evogene é uma das principais empresas do mundo atuando na área de pesquisa direcionada à biotecnologia para o uso de biodiesel e já vem desenvolvendo pesquisas direcionadas às culturas de milho, soja, algodão e canola, mas a partir da parceria com a Monsanto a mamona passaria a ser incluída na lista de estudos prioritários.
A perspectiva para os primeiros resultados dos estudos é de médio prazo. O acordo de colaboração está previsto inicialmente para durar cinco anos e a pesquisa deverá abranger traços chaves da planta como produtividade, estresse ambiental e utilização do fertilizante.
O acordo deve resultar para a Evogene um aporte de US$ 35 milhões. A empresa poderá ainda cobrar royalties dos produtos gerados com os resultados das pesquisas.
A parceria é vista com cautela por pessoas ligadas ao setor de biodiesel no Brasil. Alguns players desse mercado temem que um possível pioneirismo de uma multinacional em sementes modificadas para a produção de biodiesel possa se reverter em custo adicionais para o produtor. "A Embrapa ou outras entidades locais poderiam receber incentivo para fazer uma parceria como essa, mas quem saiu na frente foi uma multinacional que irá cobrar royalties na hora de vender", diz o diretor de Tecnologia da AustenBio, Richard Fontana.
No Brasil, onde a soja ainda é disparado o principal insumo para a produção do biocombustível, as pesquisas ainda estão em fase inicial. De acordo com o pesquisador da Embrapa Soja, Antonio Eduardo Pipolo, o processo para incorporar nas cultivares já adaptadas ao País uma alta concentração oléica pode demorar até 10 anos. "Na área de pesquisas com transgênico para esse setor podemos ficar para trás se não houver o investimento necessário", avalia.
Fonte:

Da Agência

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