segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Petrobras aumenta participação de mamona em biodiesel para 30%

Ampliação do percentual da mamona é um grande avanço, diz presidente da empresa
A Petrobras Biocombustível informou nessa terça, dia 8, ter concluído, no último dia 15 de novembro, todo o processo tecnológico que permite à empresa produzir biodiesel a partir do óleo de mamona - dentro das especificações técnicas da Agência Nacional do Petróleo (ANP) - que estipula o limite de 30% do óleo de mamona em cada litro de biodiesel.

A empresa já vinha produzindo biodiesel na usina de Candeias, na Bahia, utilizando a mamona como matéria-prima, mas com um percentual de 10,5% de mamona para cada litro. No último dia 30 de novembro, a unidade fez a primeira entrega de biodiesel com óleo de mamona.

As pesquisas que levaram ao domínio tecnológico do processo de produção do biodiesel a partir da mamona foram desenvolvidas pelo Centro de Pesquisa da Petrobras (Cenpes), na Usina de Guamaré, no Rio Grande do Norte – unidade experimental da companhia para o desenvolvimento do processo de produção do biodiesel.

O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, disse que ampliar o percentual da mamona no biodiesel é um avanço tecnológico importante.

– Com essa ampliação, nós conseguimos consolidar um avanço tecnológico importante na utilização da mamona como fonte para a produção de biodiesel nas especificações da ANP.

Para o presidente da Petrobras Biocombustível, Miguel Rosseto, a obtenção da tecnologia comprova a capacidade da empresa de produzir biodiesel a partir da mamona.

– Estamos com duas misturas. Misturamos 70% de óleo de girassol à mamona, misturamos soja com mamona e melhoramos características físico-químicas desse biodiesel produzido. Não há dúvida em relação à capacidade de produzir biodiesel com mamona e nós estamos fazendo isso com qualidade – avaliou.

Segundo informações da subsidiária da Petrobras para o setor de biocombustíveis, o óleo de mamona é produzido pela empresa desde o dia 28 de outubro. Já foram processadas, até o momento, 2,112 mil toneladas de mamona.

“Toda a matéria-prima vem do programa de suprimento de oleaginosas, desenvolvido pela Petrobras Biocombustível em parceria com a agricultura familiar. Este domínio de tecnologia fortalece a estratégia da empresa de diversificação de matérias-primas para a produção de biodiesel, estimulando os mercados agrícolas regionais”.

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