quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Consórcio Vale/Biopalma adquire sementes para plantio de mais de 12 mil hectares de mudas

O Consórcio Brasileiro de Produção de Óleo de Palma - Vale/Biopalma acaba de adquirir mais de dois milhões de sementes pré-germinadas de palma, quantidade suficiente para o preparo de mudas que resultarão no plantio de 12,5 mil hectares em janeiro de 2011, no centro-norte do Estado de Pará. Cerca de 1400 empregos serão gerados durante essa etapa do projeto, que prevê a extração, a partir das mudas, do óleo de palma, matéria-prima para a produção de biodiesel.

Até 2013, serão plantadas 9,3 milhões de mudas de palma, numa área de 60 mil hectares. No total, serão gerados cerca de 6 mil empregos diretos no campo e a possibilidade de renda para duas mil famílias de pequenos produtores.

A partir de 2014, o insumo energético irá abastecer toda a frota de 216 locomotivas da Estrada de Ferro Carajás (EFC), além de máquinas e equipamentos do Sistema Norte.

As sementes foram obtidas por meio de melhoramento genético utilizando matrizes de dendê nativo da Amazônia brasileira em cruzamento com o dendê nativo da África. Com isso, a palmeira se torna mais produtiva, com maior longevidade, mais resistente e muito mais adaptada à Amazônia brasileira.

Projeto Biodiesel - Em junho deste ano, a Vale anunciou consórcio com a Biopalma da Amazônia S.A para a produção de biodiesel na Região Norte do país. Serão produzidas 500 mil toneladas por ano de óleo de dendê, sendo parte dessa produção transformada em 160 mil toneladas de biodiesel para a Vale, que serão utilizadas para autoconsumo. O restante do óleo de palma será comercializado pela Biopalma.

Este volume de biodiesel corresponde à redução de cerca de 12 milhões de toneladas de CO2 equivalente na atmosfera durante a duração do projeto, em relação às emissões do diesel comum, desconsideradas as emissões relativas à cadeia produtiva do biodiesel. Esse quantitativo corresponde à emissão de mais de 200 mil carros circulando no mesmo período.

O consórcio, que tem 41% de participação da Vale, será o maior produtor de óleo de palma das Américas e investirá cerca de US$ 500 milhões. O investimento da Vale será de US$ 305 milhões, que engloba a participação no consórcio e também a implantação e operação da planta de biodiesel, que será 100% Vale.

Linha do tempo - Nos últimos anos, a Vale utiliza o biodiesel em suas operações em diferentes concentrações.

Veja o histórico a seguir: 2007 - Vale se antecipa à Lei Federal 11.907/05 e passa a utilizar o B2 (mistura 2% de biodiesel e 98% de diesel comum) em suas locomotivas, caminhões fora-de-estrada e na geração elétrica e, além disso, firma parceria com a Petrobras para uso do B20 (20% de biodiesel e 80% de diesel comum) nas locomotivas das estradas de ferro Vitória a Minas e Carajás. A Vale utilizou a mistura B20 até dezembro do mesmo ano;

2008 - O B2 é substituído pelo B3 (3% biodiesel e 97% diesel comum) | 2009 - Assinatura do contrato Vale e Biopalma para produção de óleo de palma, para posterior transformação em biodiesel. Já foi realizado o plantio de 800 mil mudas em 5.000 hectares e estão sendo preparadas mais de 2 milhões e 300 mil mudas de palma para o plantio de 12.500 hectares no início de 2010 | 2011 - Será realizada a colheita dos primeiros frutos e a produção do óleo | 2014 - Produção do biodiesel. A Vale se tornará autosuficiente na produção do combustível e, com isso, passará a utilizar o B20, antecipando-se à legislação.

Consórcio em números até 2010: Projeto de US$ 500 milhões, mais de US$ 120 milhões já investidos até abril de 2009 | Cerca de 130.000 ha de terras adquiridas, sendo 60 mil ha (5 mil já plantados) para plantio e 70 mil para preservação | Viveiro para 12.500 ha para plantio em 2010 | Um polo em funcionamento – Moju.

Até 2022 (maturidade): Seis pólos e seis usinas. 36 MW de co-geração de energia nas seis usinas | Produção de cerca de 500 mil toneladas de óleo de palma | Mais de 6 mil empregos diretos gerados | 15 mil ha de agricultura familiar, envolvendo até 2 mil famílias

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