sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Empresa de Uberlândia coleta óleo usado

A indústria Cavalcante Biodiesel inaugurou a primeira filial em Uberlândia na semana passada e lançou no mesmo dia um projeto de coleta de óleo de cozinha usado. As empresas cadastradas recebem um recipiente coletor que é recolhido quando está cheio, sem custo para o empresário.

A gerente regional da indústria, Karen Ferrari, ressaltou que o óleo destinado à usina reduzirá a quantidade de gordura descartada na rede de esgoto, que chega a seis toneladas por dia, segundo dados do Dmae. Veja aqui a relação entre biocombustível e meio ambiente.

A indústria não vai pagar pelo produto coletado, mas o projeto prevê doação de cestas básicas, que serão adquiridas com o valor total do que o empresário receberia pela coleta do produto. O valor médio de comercialização é de R$ 0,20 por litro.
As empresas interessadas podem entrar em contato com o escritório da indústria em Uberlândia pelo telefone (34) 3084-5023. Segundo Karen Ferrari, cerca de 10 empresas já se cadastraram e a intenção é de que o projeto seja levado a condomínios, edifícios e residências.

A indústria de transformação de óleo de cozinha usado em biodiesel fica em Iguatama (MG) , no centro-oeste mineiro, a cerca de 350 quilômetros de Uberlândia.

Fonte: Correio de Uberlândia

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Alta da demanda de biodiesel retém óleo de soja no Brasil

30/10/08 - Após três meses de o governo decidir aumentar a mistura obrigatória de biodiesel ao diesel, os efeitos nas indústrias de insumos que abastecem o setor já podem ser sentidos. Com 1% a mais na mistura - que corresponde à adição de 3% de biocombustível ao diesel (B3) -, é expressivo o impacto no volume de óleo de soja brasileiro que alcança o mercado externo.

A indústria do setor que em 2007 exportou 2,5 milhões de toneladas da matéria prima, este ano deve embarcar um volume 12% menor, ou 2,2 milhões de toneladas, é o que revela os dados e projeções da Associação Brasileira da Indústria de Óleo Vegetal (Abiove). "A projeção de exportação para a próxima safra é ainda um pouco menor", afirma Daniel Amaral, economista da Associação Brasileira de Indústria de Óleos Vegetais (Abiove). Até agora o País exportou 1,8 milhão de toneladas de óleo de soja, de uma produção que deve chegar a 6,2 milhões de toneladas.

De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), os embarques de óleo de soja referentes a agosto - mês seguinte à alteração da lei - ficaram em 210 mil toneladas, 107 mil a menos que as toneladas exportadas em julho. Essa significativa queda de 33%, reflete pelo menos parte do aumento da demanda interna pelo produto por parte das usinas produtoras de biocombustível. "É fato que o consumo interno de óleo de soja subiu de patamar e nós só estamos começando a sentir o impacto", analisa Miguel Biegai, da Safras & Mercado. Existe uma expectativa do setor de que até o final do próximo ano esse mesmo índice que já recuou o volume de óleo de soja exportado pelo País suba para 5%, o que poderia gerar um impacto ainda maior nas balança comercial do produto.

O crescimento da produção de biodiesel, estimulado pelo governo, pode impulsionar as importações de óleo de palma, matéria-prima que não alimenta nem 3% da produção nacional de biodiesel. De acordo com a publicação Oil World, entre janeiro e agosto a produção do combustível cresceu mais de três vezes na comparação anual, e atingiu 580 mil toneladas. No acumulado do ano pode chegar a 980 mil toneladas, ante as 353 mil toneladas de 2007. Mas Biegai, não aposta na opção pela importação de óleo de palma para sustentar essa alta. Em 2007, foi importado 148 mil toneladas do óleo, volume pequeno para o comércio mundial de 32,8 milhões de toneladas.

O diretor-executivo da União Brasileira do Biodiesel, Sérgio Beltrão, não acredita que a oscilação verificada no volume de óleo de soja embarcado seja conseqüência do aumento da demanda das usinas de biocombustíveis. Segundo ele, esse aumento "é facilmente atendido pela atual capacidade das indústrias brasileiras de esmagamento de grão e extração de óleo", e o perfil de exportação do País não seria em nada alterado. A capacidade instalada das indústrias produtoras de biodiesel é de três milhões de metros cúbicos ao ano. O B3 vai fazer circular no mercado brasileiro 1,3 bilhão de litros de biodiesel, 80% produzido a partir do óleo de soja.

Para a indústria de óleo, o fato de o produto permanecer no mercado interno não incomoda mais que as tarifárias elevadas. "Desde 97, o Brasil já perdeu US$ 19 bilhões de market share e agora vai perder ainda mais, calcula César Borges de Sousa, vice-presidente da Caramuru, companhia produtora de óleo de soja e de biodiesel.

Da Agência

Petrobras entrega primeira extratora de girassol do Rio Grande do Norte

O Programa de Biodiesel da Petrobras no Rio Grande do Norte inicia uma nova fase: a entrega de uma extratora de óleo vegetal ao Assentamento Canudos, em Ceará-Mirim. Com investimento de R$ 350 mil, o projeto foi realizado a partir de um termo de cooperação entre a Petrobras e a Cooperativa dos Produtores de Canudos (Copec). Essa é a primeira máquina extratora do Estado voltada para grãos de girassol.

O maquinário tem capacidade de gerar 120 litros de óleo de girassol por hora, beneficiando diretamente 500 famílias agrícolas e 100 famílias na utilização de co-produtos do grão.

Um dos produtos gerados é a torta de girassol, utilizada na criação de caprinos e ovinos, bem como na alimentação de tilápias criadas em tanques.

O principal resultado econômico para a Copec é a agregação de valor à produção dos pequenos agricultores, que vão passar a comercializar o óleo de girassol - mais valioso que a semente - para a produção de biodiesel. A presença da extratora também tem o papel de incentivar e alavancar a produção de girassol.

A extratora, que recebeu isenção de ICMS pelo governo do Estado, utiliza uma tecnologia ambientalmente correta, com tecnologia de extração a frio, sem utilização de caldeiras e, conseqüentemente, sem fazer uso de lenha. Isso contribui para melhoria e preservação do meio ambiente. O conjunto é formado por equipamentos de limpeza, prensagem e extração do óleo, filtragem e armazenamento.

No Rio Grande do Norte funcionam a Usina Experimental de Biodiesel I e a Unidade Experimental de Biodiesel II, que juntas já receberam investimentos de R$ 20 milhões e têm capacidade de produção de 20,4 mil toneladas por ano.

Fonte: Agência Petrobras

O CJP irá plantar 5 bilhões de mudas de Pinhão-Manso na Índia

Na Índia, o Centro de Promoção & Jatropha Biodiesel divulgou um plano para plantar 5 bilhões de mudas de Jatropha curcas para produzir 2,5 mil bilhões de galões de biodiesel por ano em Rajasthan, Gujarat e de Madhya Pradesh. O Centro disse que terá contrato com 30 zonais Bio Parceiros comerciais a nível do Estado, 210 Bairro Bio-business parceiros a nível distrital, e de 3.000 Bloco Bio-business Partners. A CJP propõe utilizar um modelo de contrato agrícola onde a CJP irá fornecer sementes e outros insumos e comprar de volta o óleo. O diretor da CJP, RR Sharma, disse em uma declaração de que a empresa está em discussão para expandir suas operações para a África Ocidental, bem como as Américas.

Fonte:

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Produção de Etanol com Algas

O Prof. Pengcheng \"Patrick\" Fu da Universidade de Hawaii (EUA) desenvolveu uma tecnologia inovadora, produzindo em escala etanol com cyanobacterias modificadas (blue-green-algae). Esta fonte nova de etanol não entra em conflito com a produção de ração e de alimentos e consome ainda CO2 no seu cultivo no sistema de photo-bio-reator de baixo custo, usando a luz solar.

Fu já desenvolveu cepas de cyanobacterias, que produzem etanol como resíduo e ganhou uma patente mundial com a sua invenção.

O teste no laboratório de biotecnologia em Hawaii utilizou photo-bio-reatores (PBR) com luz artificial e com luz solar. O sol funciona melhor, diz Fu. Transformando um resíduo em uma coisa útil é uma solução importante. As “blue-green-algae” necessitam somente sol e como nutrientes também um pouco açúcar, especialmente à noite no período sem insolação, usando o resultado da produção tradicional de cana, um pouco melasse. Assim temos uma solução interessante para a indústria do setor sucroalcooleiro.

Brasil e outros países tropicais ganham deste modo uma segunda opção, processando o etanol com o novo feedstock micro-algae. Assim cana de açúcar & algas podem atender juntos a grande demanda de etanol do mercado mundial. A produtividade de algas por hectare é no mínimo 10 até 20 vezes maior do que o rendimento da cana, dependendo só da verticalização do cultivo da altura do sistema de photo-bio-reatores verticais. Assim o Brasil poderia produzir mais e mais etanol, usando menos espaço. A produção em massa de etanol com algas poderia ser realizada em grande parte no Nordeste do país, perto dos portos marítimos, estimulando assim a capacidade de exportação desta região carente.

Um projeto nacional de produção em escala de etanol com algas seria um desafio, que necessita um projeto de Parceria Pública e Privada (PPP), envolvendo o Governo Federal, EMBRAPA, CTC – Centro de Tecnologia Canaviera, UNICA e Usinas de Álcool e Açúcar, bem como entidades como OCB e REDENET – Rede Norte e Nordeste de Educação Tecnológica e principalmente universidades, especialmente centros de pesquisa de algas (como o LABIOMAR da UFBA e o Setor de Bioenergia da FTC, ambos em Salvador).

A tecnologia da empresa La Wahie Biotech vai ser ajustada agora para preparar uma planta experimental com alto rendimento, uma BIOFÁBRICA DE ETANOL DE ALGAS, um desafio técnico para o futuro próximo.

Professor Dr. Pengcheng Fu possui passaporte chinês e americano, foi convidado recentemente pelo Governo da China, de estruturar em Beijing um projeto piloto de etanol de algas. A equipe da empresa La Wahie Biotech Inc. em Hawaii coordena ações da matriz da empresa start-up e de uma ONG criada, da FUNDAÇÃO LA WAHIE INTERNATIONAL.

No Brasil está em fase de implantação uma filial em Aracaju-SE; representante é o Professor alemão Hans-Jürgen Franke, especialista em bioenergia.

Fu começou a formação em engenharia química, depois continuou com biologia. Ele estudou na China, Austrália, no Japão e nos Estados Unidos.

Ele trabalha também com a NASA, pesquisando o potencial energético de cyanobacterias para futuras colonizações na Lua e no Marte. Recentemente a empresa La Wahie Biotech ganhou avards e prêmios no campo de Pesquisa e Desenvolvimento. Daniel Dean e Donavan Kealoha, ambos estudantes da Universidade (law, technology and business) são parceiros de Prof. Pengcheng Fu.

Fu diz, que a produção de etanol na base de plantações do agrobusiness como cana de açúcar ou ainda milho é bastante lenta e gasta muitos recursos. Por esta razão ele optou para as cyanobacterias, que convertem a luz solar e o nocivo dióxido de carbono na sua alimentação e deixam como resíduo oxigênio e etanol.

Alguns cientistas pesquisam cyanobacterias para fabricar etanol, usando diferentes cepas. Mas a técnica de Prof. Fu é única. Ele resolveu inserir material genético dentro de um tipo de cyanobacterium, e agora o produto de resíduo é somente etanol, separado no circuito do sistema de photo-bio-reator através de uma membrana. Funciona muito bem, fala Prof. Fu. O benefício é que a tecnologia de Prof. Fu começa produzir em poucos dias grandes quantidades de etanol com custo inferior do que técnicas convencionais.

O parceiro de Prof. Fu no Brasil - na representação da empresa La Wahie Biotech Inc. em Aracaju - Prof. Hans-Jürgen Franke – está coordenando o desenvolvimento de um sistema de photo-bio-reator de baixo custo. Prof. Franke vai articular agora projetos pilotos no Brasil.

Com o sequestro de dióxido de carbono (CO2) a tecnologia revolucionária de produção industrial de etanol de La Wahie Biotech Inc. serve ainda, para combater o aquecimento global.

Contatos:
• Prof. Pengcheng Fu – E-Mail: pengchen2008@gmail.com
• Prof. Hans-Jürgen Franke – E-Mail: lawahiebiotech.brasil@gmail.com

Tel.: 00-55-79-32432209

Ass: Hans-Jürgen Franke
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Relação entre os mercados de biodiesel e da soja

"Ainda não está tão interessante. As perdas acumuladas estão longe de serem compessadas, mas quem entrega hoje para o governo, consegue uma margem razoável de lucro", analisa Miguel Biegai da empresa de consultoria Safras & Mercados. No primeiro trimestre do ano, a Brasil Ecodiesel fechou o caixa com um prejuízo líquido de R$ 526 mil.

Esses prejuízos antes amargados podem ser explicados pelo alto preço do óleo de soja, principal matéria-prima do biodiesel, e que naquela época derrubou a barreira dos R$ 3 mil por tonelada. Hoje o produtor desembolsa cerca de R$ 2,1 mil para comprar uma tonelada do produto. "Era um cenário assombroso. As empresas entregavam o biodiesel a um preço irrisório, tinha usina parada, outras nem participavam dos leilões promovidos pelo governo. Quem participava levava prejuízo de até R$ 1 em cada litro", relembra o analista.

Segundo Biegai, o número de usinas em atividade no último trimestre já é bem maior, e os preços atuais promovem uma margem operacional que permite ao mercado fazer uma projeção mais otimista para o setor.

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP) estuda elevar a obrigatoriedade de biodiesel na composição do diesel de 3% para 4% já no próximo ano. Quando o índice operante for o B5, com 5% de biodiesel na mistura, a demanda pelo biocombustível no Brasil pode chegar a 2,4 bilhões de litros ao ano. Hoje essa mesma demanda fica em torno de 1,2 bilhões de litros. Quase todos eles abastecem o mercado interno, "volumes ínfimos alcançam o mercado europeu. Hoje essa demanda é obrigatória, graças às contas climáticas feitas pelo governo", pontua Miguel Biegai. Mesmo obrigatória, ele avalia que ela é ainda muito pequena para consumir toda a oferta disponibilizada pelas usinas brasileiras.

Hoje, o preço médio do litro de biodiesel é de R$ 2,60, e o custo de produção fica entre R$ 1,90 e R$ 2,20. O precioso litro de soja que abastece esse mercado atingiu hoje o razoável patamar de R$1,00, conforme rege a Bolsa de Chicago.

No próximo dia 15, a ANP realiza mais um pregão para comprar 64.800 de biodiesel e atender ao percentual mínimo obrigatório de adição de biodiesel ao óleo diesel vendido nas bombas com 3% do produto. A nova taxa está em vigor desde o dia 1º de julho, de acordo com a Resolução nº 2 do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).

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