“O projeto de bioenergia no Piauí nunca parou, mas faltava uma coordenação. Outro problema é a assistência aos cerca de cinco mil agricultores familiares na região de São Raimundo Nonato”, explicou o coordenador adjunto do programa de biodiesel no Piauí, José Wellington Dias, durante a instalação de uma câmara técnica instalada na última quinta-feira (14) no auditório da Secretaria de Planejamento.
Ao final da reunião, o governo estadual e a Brasil Ecodiesel garantiram a entrega de 25 toneladas de sementes de mamona e outras 25 toneladas de feijão para os agricultores familiares utilizarem na safra 2008/2009. Além disso, segundo o secretário de Planejamento, foi sanada a dúvida no que diz respeito à coordenação do projeto. “havia uma expectativa de que o Sérgio Vilela (superintendente de Assuntos Estratégicos) fosse deslocado para outra missão. .
Técnicos do Emater, Embrapa, MDA e da Brasil Ecodiesel também discutiram sobre a o uso das oleaginosas na produção do biocombustível. Para eles, deve ser seguido o exemplo da Bahia, que não está fechado apenas na monocultura da mamona. A desinformação acerca do projeto tem, segundo José Wellington, levado a interpretações erradas não só por parte da imprensa, mas da própria Agência Nacional de Petróleo. “Dizer que a mamona não serve mais para o biodiesel me incomoda. Até porque é uma informação equivocada. Temos estudos avançados que comprovam, por exemplo, que a mamona também pode ser plantada em áreas baixas e não só acima dos 300 metros do nível do mar. Com isso, tivemos boa experiência no litoral e isso significa que toda a região norte do Piauí tem potencial para o plantio da mamona, em consórcio com outra cultura, de acordo com a característica do município, tomando por base o zoneamento”, explicou.
A iniciativa do deputado João de Deus (PT) em pedir audiência pública para discutir a viabilidade da mamona como matriz energética na produção do biodiesel foi comemorada. Presente à instalação da câmara técnica, o líder do governo na Assembléia Legislativa foi escolhido como interlocutor, uma vez que o projeto “carece de um respaldo político”.
“A audiência está confirmada para ao próximo dia 27 (quarta-feira) no Plenarinho da AL, às 15 horas. Queremos discutir não só a viabilidade da mamona, mas também a sua utilização em outras áreas. É importante ainda entender o papel de outras oleaginosas, como o etanol, soja e o girassol, na produção do biodiesel”, disse o parlamentar, cujo gabinete possui técnicos que vão acompanhar as discussões em torno do projeto, abastecendo o parlamentar de informações.
Wesslley Sales
Fonte: TV Canal 13
terça-feira, 19 de agosto de 2008
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